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Isabel, sua mãe biológica e quatro de seus sete irmãos Foto: Arquivo pessoal |
Descobrir, aos 17 anos, sete irmãos espalhados por aí, é só coisa de novela? Não! Aconteceu com a estudante Isabel Vianna, de Nova Iguaçu. Se em “Sete vidas” todos são frutos de inseminação artificial, na história da jovem eles foram adotados por diferentes famílias após uma tragédia.
— Quando eu tinha 9 meses, minha casa, em Petrópolis, região serrana do Rio, pegou fogo. Fui levada para o hospital por vizinhos. Lá, me deram só três dias de vida. Meus pais não tinham condições de me criar e então fui para adoção. Mas nenhuma família se interessou... Então, a assistente social do fórum me levou para casa — conta a jovem.
Com o tempo, a mãe adotiva se afeiçoou à menina e entrou com o processo de adoção. Num lance de coincidências, a juíza do caso revelou a história toda à mãe adotiva: salvas do incêndio, outras três irmãs tiveram diferentes destinos, todos no estado do Rio de Janeiro. A assistente social anotou os endereços.
— Era para eu encontrá-las quando crescesse, se quisesse — lembra a garota.
E assim aconteceu. Aos 14 anos, ela começou a procurar os irmãos e conheceu Andreza, de 18, e Daiana, de 20, adotadas por uma família em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Depois, partiu em busca de Monique, de 23 anos, que ainda morava em Petrópolis. O encontro foi emocionante:
— Sempre me achei diferente da minha família biológica, ao encontrar minha irmã mais velha, vi que somos muito parecidas.
Em Petrópolis, a irmã mais velha disse onde morava a mãe biológica e Isabel decidiu encontrá-la
—A vontade de encontrá-la era muito grande dentro de mim. Fomos então no endereço que a Monique tinha. Chegando de táxi no local, vi uma menina muito parecida comigo. Falei para ela: “Monique, eu tenho certeza que essa menina é nossa irmã”. Ela disse que não. Quando chegamos na casa, vimos de novo a menina e descobri ela era sim nossa irmã e que ela se chamava Graziele — recorda Isabel.
Elas conversaram com a mãe, Luciane, e os irmãos Kauã, de 5, Graziele, de 8, e Ingrid, de 16.
— Agora quero conhecer Mateus, de 13, e meu pai biológico. Só sei o nome dele: Luiz Cláudio.
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